sábado, 19 de março de 2016

Entrevista produtora do longa "Hoje eu quero voltar sozinho", Diana Almeida

Na última e terceira oficina do Fundo de Audiovisual para a Linha de Produção de Conteúdos destinados às TVs Públicas (PRODAVI) a produtora Diana Almeida ministrou sobre projetos em ficção.
Produtora do curta "Eu não quero voltar sozinho" que abriu portas para a produção do longa "Hoje eu quero voltar sozinho", contou um pouco sobre como entrou para área do cinema, como foi a circulação do longa em festivais e o que são as várias camadas de produção de um filme. Confira a entrevista:



quarta-feira, 16 de março de 2016

A era das mídias.



Era é uma palavra muito grande, abarcando muito coisa para menos de 100 anos. A comunicação é uma forma de poder muito grande, desde do boi na caverna invocando a caça ao vermelho e amarelo para estimular a fome, as diversas formas de comunicação definem quem é, o que pode e aonde pode ir. Luis XIV desejava que todos soubessem a hora em que acordava, saia do seu quarto, além de criar o salto alto a bicha desejava informar a quem seus súditos deveria prestar atenção. Não foi a toa que a revolução francesa usou das prensas para gerar a revolta e inflamar o povo! A igreja sabe muito bem como usar a comunicação, durante algumas centenas de anos controlou o que e de que forma poderia ser "pintado", e sabe muito bem o poder emanado pelo canto e pela música.
A detenção sobre as informações ainda garantem a formação de um cartel poderoso que dita e controla as formas de comunicação, Orwell acertou em cheio, 84 já estava com as tela e olhos do grande irmão, o salvador, mercado sobre nós. Sr Débord já alertou o mundo sobre a narrativa visual de uma ideologia dominante nos acostumando e acariciando de forma sútil para os prazeres da industria cultural.
Hoje um capitulo a mais podemos colocar na era do poder da informação: como uma "empresa" cresce a partir de um estado de exceção e domina uma nação inteira sendo o próprio deus. Ela cria, condena, julga, manda e desmanda de acordo com os intocáveis da comunicação, sejam "civitas", "marinhos", "recordeiros", durante mais de 40 anos as únicas formas de imprensa ou canais de comunicação é dominado pelas mesmas pessoas, sem sofrer nenhum incomodo, ganhando faturamentos milionários. Suas mídias estão em concessões públicas, nos canais a cabo, nas mídias impressas e virtuais, são programas educativos, informativos, entretenimentos, formadores de opinião, suas empresas investem na formação, através de programas de treines (¬¬), enfim é uma rama de entrelaces garantindo os contatos nas esferas de poder, legislativo, judiciário e executivo, e faz disso a chantagem para exercer o quarto.
É engraçado ver Futura falando em suas propagandas pra não jogar lixo na rua de uma forma poética, chega escorrer uma lágrima, e ao mesmo tempo negar qualquer relação que seus donos tiveram com diversas mortes nos porões pelo Brazil a fora.
Ver uma sherazade da vida incitando ódio e violência 50 anos depois dos direitos humanos, no mesmo canal que um cara construiu um império humilhando pobre na Tv. 
O reflexo de anos utilizando Paulo Freire pra inglês ver, ou pra fazer brilho no estatuto da escola-prisão, se deu hoje. Um bando de pessoas vociferando o fascismo latente: bandido bom é bandido morto dizem eles, não conhecem uma linha da história recente do país, não estão presente na vida política de suas escolas, seus bairros, assembleias, e por trás do discursos de paz, meritocrático, branco defendem a hegemonia assim como Hitler, assim como qualquer dono de navio negreiro, assim como o empresário que acha que menosprezar o artista local pagando mais barato do que o artista de fora.. não consegue ver a semelhança? É simples, todo esse discurso branco, meritocrático e colonizador é embutido em tudo que nos rodeia e quem resolve quebrar isso é colocado em cheque pelo deus mercado. E assim o status quo se mantém: agora vamo coloca a gay normativa, agora vamo coloca o negro de "traços bonitos" (leia-se BRANCO-greco-romano), agora o (coloque qualquer coisa renda lucro, seja idoso, jovem, criança, qualquer classe desde que uma renda de consumo boa - vc acha que seu sabonete e do joão são feitos por diferentes donos? ou só compra da industria local?) é bem fácil transformar as estruturas mantenedoras do status quo abrangendo discursos liberais: 1888 o mercado não aceitava mais trabalho escravo, o que o brazil fez? liberta e traz os fugitivos! pagamo os brancos e açoitamos esses vagabundos que tão liberto e não querem trabalhar!
E assim mais um página da história brasileira é xerocopiada infinitamente, os donos dos navios negreiros continuam matando, mas não é mais eXcravo!.

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fotos e video por Pamella Paine

quarta-feira, 9 de março de 2016

Entrevista com o diretor do longa de animação Minhocas, Paolo Conti.

Campo Grande recebeu a Oficina do Fundo de Audiovisual para a Linha de Produção de Conteúdos destinados às TVs Públicas (PRODAVI) e um dos ministrantes foi o diretor do longa de animação Minhocas, Paolo Conti.
CEO da Anima King responsavel pelo desenvolvimento dos projetos a Oficina foi destinado a produção de projetos em animação e durou 3 dias. Seu longa Minhocas feito todo em animação stop-motion (utilizando técnicas de bonecos e fotografia quadro-a-quadro) entrou em circulação mundial no ano de 2015.
Ele respondeu algumas perguntas sobre produção e o trabalho dentro da Animaking que você confere abaixo: