quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Corpos da floresta


Muitos consideram que a sexualidade é algo que todos nós, mulheres e homens, possuímos"naturalmente". Aceitando essa ideia, fica sem sentido argumentar a respeito de sua dimensão social e política ou a respeito de seu caráter construído. A sexualidade seria algo "dado" pela natureza, inerente ao ser humano. Tal concepção usualmente se ancora no corpo e suas suposições de que todos vivemos nossos corpos, universalmente, da mesma forma. No entanto, podemos entender que a sexualidade envolve rituais, linguagens, fantasias, representações, símbolos, convenções.. Processos profundamente culturais e plurais. Nessa perspectiva, nada há de exclusivamente "natural" nesse terreno, a começar pela própria concepção de corpo, ou mesmo de natureza. Através de processos culturais, definimos o que é - ou não - natural; produzimos e transformamos a natureza e a biologia e, consequentemente, as tornamos históricas. Os corpos ganham sentido socialmente. A inscrição dos gêneros - feminino e masculino - nos corpos é feita, sempre, no contexto de uma determinada cultura e, portanto, com as marcas dessa cultura. As possibilidades da sexualidade - das formas de expressar os desejos e prazeres - também são socialmente estabelecidas e codificadas. As identidades de gênero e sexuais são, portanto, composta e definidas por relações sociais, elas são moldadas pelas redes de poder de uma sociedade. 

 (Pedagogias da Sexualidade - Guacira Lopes Louro - pg 11)












Produção 
NAJON

modelos 
GUILHERME MORAES
PATRÍCIA SOUZA
JONI LIMA

fotografia 
MARINA PACHECO

 direção de arte 
THIAGO MORAES


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