Esta semana começa o Festival de Arte e Tecnologia 4.0. Realizado pelo curso de graduação em Artes Visuais da UFMS, oferece oficinas, mostra de artes, mesas de discussões e palestras com pesquisadores da PUC e UTFP. Este ano o Festival ofereceu uma oficina de Video Mapping com o Artista Audiovisual Henrique Roscoe que cedeu uma breve entrevista.
Sua formação...
Sou
formado em engenharia eletrônica e comunicação social, habilitação
em publicidade e propaganda, e tenho uma pós em design.
.. e quando surgiu o Mapping?
Quando
comecei a fazer os trabalhos de VJ, editar as imagens ao vivo, mixar
imagens em tempo real em festas e eventos, e depois começou a
acontecer isso no mundo. Como me interessei pela técnica de video
mapping apareceram outros trabalhos e fui fazendo.
Você fala sobre um trabalho mais conceitual...
Na
verdade tenho esse interesse. No trabalho de VJ e na maioria dos
mappings é puramente estético, não tem uma parte muito conceitual,
quando tem é uma coisa mais simples. Como o video mapping e o VJ é
uma técnica, um jeito de fazer, pode-se usar para trabalhos mais
conceituais e/ou experimentais que envolvam mais conteúdo que não seja
só estético. No
projeto Hol, faço isso: música mais imagem, com base num tema,
desenvolvendo um conteúdo. Até o espaço de exibição é diferente.
As exibições deste projeto geralmente são em teatros, festivais e
lugares onde as pessoas estão dispostas a prestar atenção. Como se
estivessem num cinema mas com tudo feito ao vivo. Tanto o VJ quanto
esse projeto, faço tudo ao vivo.
E o Liga-lingha?
O
Ligalingha começou no final do ano passado. junto com o Fabiano
Fonseca e com a ideia de construir instrumento específicos, para
tocar numa performance, de som e de imagem. Controlamos tudo de forma
integrada: os computadores, a parte analógica e os instrumentos.
Tudo tocado ao vivo. Há algumas bases de bateria, pré gravadas, mas
é o tempo inteiro com a gente no palco tocando os instrumentos e,
por exemplo, algumas faixa de midi que controlam outras interfaces.
Isso tudo é sicronizado de forma que o som case com a imagem
resultando num produto bem orgânico.
O que é o Hol?
O Hol é
um projeto meu. Cada ano faço uma performance de 30 a 40
minutos de duração. Desde 2009 fiz três performances diferentes
e agora pretendo fazer mais uma este ano ou no começo do próximo,
mas por enquanto utilizo as que eu já fiz. Tenho uns projetos de
final de ano, comerciais, autorais, etc.
Como veio para o F.A.T. 4.0?
A Venise Melo
entrou em contato comigo, mostrei um pouco do meu trabalho e
conseguimos trazer o workshop. E aqui tá tudo bem, estou gostando.
Achei importante trazer um tipo de trabalho de vj, de mixagem de video e música , além do mapping, porque aqui o pessoal não tem muito contato, quis passar um pouco de
informação sobre isso. Agora a questão é mesmo do exercício. Os
alunos montarão uma instalação para o Festival, passando por
todos os processos desde edição do video, mapeamento e montagem do
equipamento no local.
O produto da oficina será apresentado em frente ao anfi-teatro da UFMS dia 25 de setembro às 18:30 e o Festival de Arte eTecnologia vai até o dia 28 de setembro, confira a programação completa no site www.fat.ufms.br.
FOTOS DA OFICINA POR KARLA CONTE
Thiago Moraes
NAJON